terça-feira, 6 de setembro de 2016

Menino, tão pequenino.

Você desde menino, tão pequenino,
Dividiu a atenção de seus pais,
com o mundo, exigente, impiedoso,
com tanta gente.
Esqueceram que você era só um menino,
o Gérmen do trigo que nutria a paz.

No seu acalanto,
de vez em quanto, um tanto homem,
também menino,
ferido com espinhos,
teve que dar adeus a seus pais.

Se sim ou não, sempre há então
algo que partiu que somou, depois desuniu.
No  silêncio do seu espaço,
cor de vinho ou mascarado,
Chora a solidão que o mundo incutiu,
mas um dia descobriu
que a redoma era apenas
proteção de si mesmo
para não ver que há um Pai.
Mas forte que o Tudo,
Tão lindo, que o mundo
começou a sorrir
de joelhos e a florir,
resolveu acolher o menino, tão pequenino,
homem do destino retomado
em suas mãos e fora delas não mais.

Lacabel



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